O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, deixou uma reunião na Casa Civil antes do término na tarde desta quinta-feira (24) e afirmou que a entidade mantém posição de manutenção da greve dos motoristas, mas que outras entidades da categoria aceitaram suspender temporariamente a paralisação. “Enquanto o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não entregar projeto votado e assinado pelo presidente Michel Temer, da minha parte não levanto o movimento”, disse Lopes a jornalistas depois de sair da reunião sem que ela tivesse terminado.
Questionado se a maioria havia aceitado o pedido de trégua do governo, ele afirmou: “A maioria que está aí dentro sim, mas a que está lá fora, não. Está esperando o meu pronunciamento.” Fonseca diz liderar 700.000 caminhoneiros, em 60 sindicatos e 7 federações. Segundo ele, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu na reunião “voto de confiança” de 15 dias ou um mês para o governo atender a exigência de redução da carga tributária sobre o diesel, o que foi aceito por outras entidades que participam do encontro.
A BA- 626, trecho entre Vitória da conquista e Anagé, está bloqueada. Apenas carros pequenos e ambulância podem passar. De acordo com informações, não tem previsão para a liberação total da via.
Na BR-030 em Brumado, os manifestante dizem que não vão se render as propostas do governo e esperam uma medida que beneficie a classe de forma mais direta.
Diversos pontos de manifestação são registrados na BR-116, em várias cidades baianas. Todas operando da mesma forma: caminhões estacionados nos acostamentos e em postos de combustíveis próximos, e caminhoneiros impedindo a passagem de carretas e caminhões.